A história de Thiago Corsi e da Fazenda Rodomunho é um exemplo inspirador de como tradição, inovação e um olhar para o futuro podem transformar a cafeicultura em uma experiência regenerativa e sustentável.

Desde 2019, Tiago lidera a produção de cafés especiais na fazenda, mas sua ligação com o café vem de muito antes. Ele é a quarta geração de cafeicultores em sua família. A paixão pelo café atravessa gerações: tanto a família de sua mãe, que veio de Portugal para o Rio de Janeiro, quanto a do pai, que imigrou da Itália para o Sul de Minas, chegaram ao Brasil com o sonho de cultivar café.

Após enfrentarem os desafios climáticos e as geadas no Paraná, o pai de Tiago tomou uma decisão que mudou tudo: mudar-se para o Cerrado Mineiro. Desde 1985, a família está enraizada na região, onde encontrou as condições ideais para o cultivo de café.

A Fazenda Rodomunho está localizada em um altiplano – uma região elevada, quase plana, rodeada por um vale. Esse ambiente único proporciona altitude, microclima favorável e uma barreira natural contra ventos. Além disso, o vale é repleto de nascentes e rios que contribuem para o microclima especial da fazenda, criando condições ideais para a produção de cafés diferenciados.

Foi em 2019 que a fazenda deu início à produção de cafés especiais. Desde então, a família vem explorando novas formas de manejo, com foco na cafeicultura regenerativa, que busca regenerar o solo e preservar os ecossistemas, garantindo que as plantas sejam saudáveis e produtivas. Para Tiago, a regeneração do solo é essencial para enfrentar os desafios climáticos e assegurar a sustentabilidade da cafeicultura no futuro.

Além do cuidado com o solo, a Fazenda Rodomunho valoriza profundamente as pessoas que trabalham nela. A relação entre Tiago e os colaboradores é baseada em diálogo, amizade e irmandade. O produtor acredita que o potencial de cada pessoa só pode ser explorado ao entender suas particularidades. Essa conexão humana reflete no cuidado com o café e na busca constante pela excelência.

Tiago destaca que o principal segredo para um café de qualidade está no conhecimento profundo da fazenda. Com anos de rastreabilidade e estudos detalhados, eles já sabem, antes mesmo da colheita, qual será o perfil sensorial de cada lote. Ele descreve o processo pós-colheita como uma espécie de “mágica”, mas enfatiza que o café praticamente já sai pronto da planta, fruto da comunicação entre o ser humano e a natureza.

Mesmo sendo considerada uma "loucura" no início, a adoção da cafeicultura regenerativa provou seu valor. Tiago acredita que essa é a cafeicultura do futuro, especialmente diante das mudanças climáticas, pragas e doenças cada vez mais desafiadoras. O cuidado com o solo é visto como a chave para garantir que a planta receba os nutrientes necessários para ser saudável e produtiva.

A dedicação da Fazenda Rodomunho vai além da lavoura. Tiago busca aproximar o consumidor final da realidade da produção de café especial. Através do Instagram da fazenda (@fazenda_rodomunho), ele compartilha o dia a dia do cultivo, mostrando todo o carinho e responsabilidade envolvidos na produção de um café limpo, puro e de qualidade.

Para Thiago, cada etapa do processo é uma forma de honrar o legado da família, cuidar da terra e garantir que o café que chega à xícara carregue consigo o melhor da cafeicultura, da sustentabilidade e da paixão pela produção.

Pronto! Veja a nossa sugestão abaixo:

Resumo

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