Cléverson faz parte da terceira geração de produtores de café da sua família. É uma paixão que vem do berço. Dez anos atrás, quando descobriu que seu café era especial, começou a trabalhar em cima disso a cada ano. E safra após safra, ele vem tentando fazer melhor, procurando corrigir erros e inovar processos, produzindo cafés diferenciados para ter um retorno positivo.
O incentivo veio quando participou pela primeira vez de um concurso de qualidade, em 2018, da cooperativa regional, na qual ele estreou e ainda foi campeão. Essa foi a principal motivação e o deu força pra continuar, mesmo sabendo que era um ramo difícil.
Com um terroir privilegiado a fazenda está localizada na Mantiqueira de Minas, que possui um clima ameno, mais frio, onde a maturação do café é mais lenta - o que acaba promovendo uma concentração a mais de açúcar na bebida.
Cléverson e sua família participam ativamente na parte de pós-colheita: são eles que fazem todo o processo, desde a lavagem até o descanso do café.
O produtor tem um campo experimental de variedades novas e exóticas e está sempre acompanhando a qualidade da bebida e a produção, sempre atento às novas tecnologias que o mercado oferece, com a intenção de entregar um produto diferenciado e evoluir, para ter um retorno positivo do consumidor final.
Cléverson também investe na sustentabilidade - a fazenda conta com uma usina de energia solar e ele é focado na preservação das nascentes e das matas. Além disso, há mais de três anos que ele estuda o solo e sua microbiota, porque acredita que melhorando o solo o resultado é imediato na melhora da planta e da fruta.
Sempre visando o futuro, em conjunto com seu irmão, Cléverson tenta inovar cada vez mais, aumentando as áreas e melhorando a infraestrutura, seguindo os passos do avô, que implantou a primeira lavoura de café; depois passou para seu pai e hoje está em suas mãos e do irmão. Com a quarta geração já em mente, trabalha incansavelmente para transmitir conhecimento aos filhos, para que eles deem seguimento ao projeto e nunca parem, porque cafeicultura é amor; sempre produzindo com muito respeito à todos os colaboradores, ao meio ambiente e ao solo e sempre em busca do melhor, afinal, como ele mesmo diz, este café que está indo para a sua mesa é o mesmo café que está na mesa dele.
Da variedade rubi, os grãos são colhidos respeitando o tempo de maturação - ainda que este seja um pouco mais lento devido ao clima - e passaram pelo processamento cereja descascado fermentado, cultivados a 1250m de altitude. A consequência de tanta dedicação e carinho a gente vê na xícara: no sabor, possui notas de chocolate meio amargo, frutas vermelhas cristalizadas e leve floral que abraçam o paladar e o aroma. A fragrância e aroma com notas que lembram chocolate, amêndoas, frutas vermelhas e abacaxi surpreendem o olfato. Tem uma acidez média alta cítrica e corpo médio cremoso, com uma finalização longa. Possui 86 pontos no protocolo SCA.