A Fazenda Nova Fortaleza está localizada a 1290 metros de altitude, na cidade de São Gonçalo do Sapucaí, região da Mantiqueira de Minas.
32 anos atrás, o pai e o avô da Flávia adquiriram a primeira propriedade de café da família, no interior de São Paulo. Devido às dificuldades climáticas da região, o pai da produtora acabou migrando para a região onde ela está hoje. Com o infeliz falecimento do agricultor em 2008, a Flávia e o Augusto tomaram as rédeas da produção de café da fazenda.
Augusto, até então, nunca havia tido contato com a agricultura. A paixão dele era andar a cavalo na propriedade da esposa. E apesar dos comentários negativos e dos conselhos para que eles abandonassem a fazenda, o casal deixou São Paulo e se mudou para Minas Gerais. A intenção inicial, no entanto, era manter a história do pai de Flávia viva, até que ambos se apaixonaram pelo plantio da fruta.
Eles caíram de paraquedas na lavoura, mas estavam dispostos a fazer aquilo funcionar. Foi aí que a Flávia começou a estudar, para de fato conhecer o que estava plantando e entender o que a fazenda exigia dela para dar bons resultados. A produtora soma diversas certificações em diversos cursos: degustação e classificação de café especial, Q-Grader, mestre de torra, exportação de café, turismo rural, entre outros. Atualmente, ela está no processo de conclusão do curso técnico em Cafeicultura.
A produtora, então, começou a provar e pontuar todos os lotes de café que saem da fazenda. Por esse motivo, eles possuem uma rastreabilidade invejável: se algum café chamou mais atenção, o casal consegue descobrir exatamente qual árvore foi responsável por aquele fruto.
Para Flávia, o café é quase um indivíduo. Apesar de rastrear o café, é muito difícil ter exatamente o mesmo resultado em lotes diferentes - uma vez que o café "tem vontade própria". O que ela e o marido tentam fazer é ajudar o café a demonstrar todo o potencial que ele possui.
O sonho dos produtores é que todo o café que eles produzem fosse destinado para o consumo próprio no mercado interno. O caminho para a valorização da produção de café no Brasil é longo, mas esse é o maior desejo do casal: enaltecer a cultura do país e fazer com que todos possam apreciar o que é cultivado aqui dentro.
Selecionamos um lote único de um Acaiá, que passou pelo processo de fermentação vulcânica em leiras por 48 horas e secagem lenta de 25 dias. O resultado, na xícara, é um café com notas de abacaxi, manga, mel, morango, maçã e melão, e fragrância frutada, doce, de mel e abacaxi. Apresenta uma doçura média de caramelo, acidez alta málica, corpo cremoso e finalização longa e complexa. Possui 85 pontos no protocolo SCA.
Veja abaixo as certificações que essa fazenda possui: